Ex-bailarina fala sobre baixos salários e motivos que geram demissão do programa do Faustão na Globo

Atualizado em 20 de dezembro de 2018 às 6:59

Segundo o UOL, Kamilla Covas nunca foi bailarina de formação, mas fez parte do corpo de balé do “Domingão do Faustão” durante cinco anos. Em janeiro de 2013, ela entrou numa lista de dispensa com mais sete colegas e, oficialmente, a saída delas acabou sendo divulgada como uma renovação. Hoje, no entanto, ela acredita que há outra razão.

“Quem aparece demais é demitida. Todas as meninas que saem muito na mídia por conta de trabalhos ou de polêmicas não demoram muito para serem dispensadas. É só fazer uma pesquisa, gente! Não preciso citar nomes e, hoje, eu tenho a consciência disso”, afirma a agora estudante de Odontologia, de 30 anos.”Eu tinha acabado de fazer um ensaio nu e estava com uma agenda lotada de entrevistas, eventos, desfiles e isso acabou incomodando a produção. Faustão é muito discreto e não gosta de ver o nome dele na mídia de jeito nenhum. Isso é sabido e fica bem claro para todo mundo que trabalha com ele.”

Mãe de Sofia, de quem estava grávida de três meses na época da dispensa, Kamilla nunca mais viu o apresentador e perdeu completamente o contato com as ex-colegas de palco. Também deixou de assistir com frequência o programa.

“Fui readmitida logo depois porque avisei sobre a gravidez. Não entrei na Justiça como outras meninas que alegaram assédio moral. Não sofri, mas eu mesma presenciei duas delas serem chamadas de ‘gordas’ por pessoas próximas ao apresentador. Fiquei seis meses de licença-maternidade, e não fui chamada de volta. Outras meninas voltaram depois de filhos. Por que eu não? Fiquei magoada”, assume.

Apesar de toda badalação que envolve a função, Kamilla revela que o salário não é lá grande coisa. Segundo ela, seu último salário líquido foi R$ 2.500. “Tínhamos todos os benefícios, claro, mas a remuneração mensal não era alta. Valia pena trabalhar lá pela exposição e a possibilidade de outros trabalhos como presenças VIP, desfiles e campanhas publicitárias, por exemplos. Eu ganhava em média R$ 1.000 por duas horas em um evento e o dobro para posar nos ensaios.”