Ex-comandante do Exército diz à PF que participou de reuniões sobre golpe

Atualizado em 2 de março de 2024 às 18:42
General Freire Gomes conversou com a PF na sexta-feira, dia 1. Foto: Divulgação

O ex-comandante do Exército e general da reserva, Marco Antônio Freire Gomes, disse em depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira (1) ter presenciado reuniões onde foram discutidos os termos da chamada “minuta do golpe”. O documento era um plano para impedir que Lula chegasse ao cargo de presidência quando ganhou as eleições, em outubro de 2022.

A informação foi apurada pela CNN com fontes ligadas à investigação, e o depoimento completo é mantido em sigilo para não comprometer as investigações. Os encontros também foram citados na delação do tenente-coronel Mauro Cid.

Uma das reuniões mencionadas pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) foi um encontro entre a cúpula do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para discutir detalhes de um plano de golpe para não deixar o poder. A reunião teria ocorrido quando Bolsonaro ainda estava na presidência, após as eleições de 2022.

Reunião de Bolsonaros com ministro que também é analisado em investigação da PF sobre golpe. Foto: Reprodução

Os investigadores agora vão se debruçar sobre os detalhes do depoimento e buscam manter o máximo de informações sob sigilo para estudar novos passos da apuração sobre uma tentativa de golpe de Estado. Freire Gomes precisou ficar na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília (DF), até às duas horas da manhã deste sábado (2).

Dentre os mais de 20 depoimentos tomados pela autoridade policial após o início da operação Tempus Veritatis, Freire Gomes fez o depoimento mais longo, totalizando cerca de oito horas. Como de praxe, após a oitiva, houve leitura e revisão de todas as informações, e segundo integrantes da investigação, o general respondeu a todas as perguntas.

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