
O ex-deputado estadual de Goiás Iram de Almeida Saraiva Júnior foi preso nesta quarta-feira (1º) na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, sob suspeita de estuprar a própria filha de 2 anos. A ação foi conduzida por policiais da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav), após seis meses de investigações.
A denúncia surgiu em março, quando funcionários da creche da criança relataram suspeitas de abuso. O caso foi imediatamente repassado à Polícia Civil, que iniciou uma apuração com base em depoimentos, relatórios médicos e psicológicos, além da oitiva especial da vítima.
Durante a investigação, equipes da Dcav cumpriram um mandado de busca e apreensão contra o ex-parlamentar, ocasião em que o celular dele foi recolhido para análise. Com base nas provas reunidas, a Justiça decretou a prisão preventiva.
A decisão levou em conta a gravidade das acusações e o risco de fuga, já que Iram possui cidadania portuguesa. Ele foi detido em casa e encaminhado para a sede da Dcav, de onde será transferido para a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap).

Além da acusação de estupro de vulnerável, o ex-deputado também responde a um inquérito por injúria e perseguição contra a ex-esposa. Esse procedimento foi conduzido pela 16ª DP (Barra da Tijuca) e já encaminhado ao Ministério Público, que solicitou novas diligências.
Iram é médico, já atuou em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, e possui histórico político em Goiás, onde foi vereador em Goiânia e deputado estadual. Seu nome vinha sendo investigado por diferentes frentes desde a denúncia inicial.
Até o momento, a defesa do ex-deputado não foi localizada para comentar o caso. Segundo a Polícia Civil, o processo seguirá com a análise do material apreendido, enquanto a vítima e familiares seguem recebendo acompanhamento especializado.