
Na era da inteligência artificial, investir anos em cursos tradicionais como direito e medicina pode se tornar uma “perda de tempo”, segundo Jad Tarifi, fundador da primeira equipe de IA generativa do Google.
Para o ex-executivo, a velocidade com que a tecnologia avança tornará obsoleto o conhecimento adquirido por alunos da geração Z antes mesmo da conclusão da formação.
A declaração surge em meio ao avanço acelerado de modelos como o ChatGPT — que, segundo Sam Altman, CEO da OpenAI, já apresenta desempenho comparável ao de profissionais com doutorado — e à avaliação de Bill Gates de que a IA tem evoluído mais rápido do que o esperado.
Nesse cenário, jovens formados recorrem a pós-graduações e doutorados em busca de salários mais altos; porém, Tarifi alerta que esse caminho pode estar ultrapassado.
“A IA em si vai ter desaparecido quando você terminar o doutorado”, afirmou ao Business Insider. Para ele, faz mais sentido estudar áreas específicas ligadas à tecnologia, como IA aplicada à biologia, ou até mesmo pular o ensino superior.
“O ensino superior como o conhecemos está prestes a se tornar obsoleto”, disse à Fortune, defendendo o desenvolvimento de habilidades humanas como consciência emocional, criatividade e capacidade de conexão.

Tarifi ressalta que estruturas tradicionais de ensino, baseadas em memorização, já não acompanham o ritmo das transformações impulsionadas pela IA — até mesmo em carreiras historicamente valorizadas. “No sistema médico atual, o que você aprende na faculdade de medicina é muito desatualizado”, alertou.
A crítica ao modelo universitário tem ganhado eco no Vale do Silício. Mark Zuckerberg afirmou que não tem certeza se a faculdade está preparando as pessoas para os empregos de hoje e defendeu que “talvez nem todos precisem ir para a faculdade”.
Já Sam Altman declarou que o futuro GPT-5 dará a sensação de conversar com alguém com “nível de doutorado em qualquer assunto”, aprofundando o debate sobre o real valor dos diplomas na era da IA.