
POR RENAN ANTUNES, de Florianópolis
Defensores de Luis Carlos Cancellier escreveram protestando contra partes do texto publicado no DCM, “Deduragem de colegas foi o que mais doeu e fez reitor da UFSC desistir”.
Um amigo de um irmão acha que não era correto dizer que Cau votara em Aécio na última eleição.
Esta afirmação do repórter se baseia nas opiniões expressas por Cau e nos relatos de terceiros durante embates políticos que travou com as diversas correntes da universidade na campanha de 2015 à reitoria.
O ex-senador Nelson Wedekin, com a autoridade de quem o conhecia mais do que a maioria das pessoas (Cau foi assessor dele por 15 anos), defendeu que “se a escolha (política) dele foi essa mesma, era legítima”.
Wedekin ainda disse que foi “má-vontade e preconceito (do repórter) registrar o apoio do MBL, se é que ele (reitor) teve esse apoio” (o apoio foi registrado por uma professora de Jornalismo, que me pediu anonimato).
O ex-senador também reclama da citação de Cau ter sido eleito com o voto dos professores e servidores, mas não da maioria dos alunos. “E daí? Serão os estudantes uma categoria superior na universidade?”, perguntou.
Wedekin considera “uma falácia dizer que a chapa vencedora na eleição para a Reitoria da UFSC, liderada por Cau, tinha por objetivo ‘varrer a influência’ do PT, PSOL, PSTU da universidade”.
Ele acha que “isso é falso! Você (o repórter) abraça sem mediações narrativas e lendas espalhadas pela ‘militância’, pelo ativismo político-ideológico, que não guardam nenhuma lógica nem fazem qualquer sentido”.
O repórter apenas recolheu esta opinião como majoritária entre participantes daquela eleição, perceptível no resultado das urnas.
No ponto mais sensível, aquele que descreve Cau como vítima improvável das desmandos tipo Lava Jato, Wedekin acha que, conhecendo bem o reitor, não seria possível afirmar que ele votou em Aécio e era fã do Moro: “Você (o repórter) deve ter um método especial de detectar as tendências, as predileções e até os votos secretos de seus personagens” (…)
De novo, embora Nelson tenha dito que não, dezenas de pessoas no velório e no enterro deram opinião contrária. As posições políticas do reitor eram conhecidas.
Nelson acha que houve também desrespeito: “Você se excedeu mesmo e foi extremamente infeliz na imagem do gaiteiro de bailão.
Então o sujeito é preso da forma mais cruel e estúpida, despido, humilhado, vive dias de raiva, desespero e agonia, e com a alma torturada, se lança das alturas e se espatifa no chão, e você o compara a um gaiteiro de bailão”?
Resposta: não tive a intenção de ofender Cau. Se no meu texto passei esta impressão, peço desculpa aos familiares e amigos.