Exército diz que Paulo Figueiredo faz “especulações” que visam “inocular a discórdia” no país

Atualizado em 29 de novembro de 2022 às 22:19
Na Jovem Pan, Paulo Figueiredo diz que três generais do Exército estariam impedindo ação contundente contra o resultado das eleições. Foto: Reprodução

O Exército publicou uma nota desmentindo Paulo Figueiredo, comentarista da Jovem Pan. Na última segunda (28), no programa “Os Pingos nos Is”, ele disse que três comandantes da Força estariam impedindo uma ação contundente contra o resultado das eleições deste ano.

Segundo ele, o comandante militar do Nordeste, Richard Fernandez Nunes, o comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva e o ex-comandante militar do Sul, Valério Stumpf Trindade, estariam agindo para impedir uma ação golpista do Exército.

“Em relação ao divulgado pelo comentarista Paulo Figueiredo Filho, nos dias 28 e 29 de novembro de 2022, o Comando do Exército repele as alegações que ferem a imagem da Instituição e de integrantes do seu Alto Comando”, diz a nota.

A instituição afirma que militares da ativa “são apartidários em suas condutas” e têm “coesão em torno de suas missões constitucionais”. A nota ainda diz que o Exército lamenta “especulações que só se prestam para inocular a discórdia”.

Figueiredo ainda disse que Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teria um “brother” no alto comando do Exército. “Será que o Alexandre toma as decisões com tanta tranquilidade sabendo que não haverá reação?”, afirmou.

Mais cedo, o general Eduardo Villas Boas também negou a fala do jornalista da Jovem Pan e fez uma nova ameaça golpista, dizendo que “a nossa força, em algum momento, pode ser instada a agir”.

Leia a nota do Exército na íntegra:

Nota de Esclarecimento

Em relação ao divulgado pelo comentarista Paulo Figueiredo Filho, nos dias 28 e 29 de novembro de 2022, o Comando do Exército repele as alegações que ferem a imagem da Instituição e de integrantes do seu Alto Comando.

Os militares da ativa, por definição legal e por compromisso com a Nação Brasileira, são apartidários em suas condutas, preservando os valores pertinentes à carreira das Armas. São servidores do Estado, cuja coesão em torno de suas missões constitucionais é reforçada, permanentemente, pela liderança de seus Comandantes nos diversos níveis hierárquicos.

Os Oficiais-Generais citados são homens honrados, profissionais dedicados e contam com todo o respeito, a amizade e admiração do Comandante do Exército e de seus pares. São militares ilibados e comprometidos com a ética profissional, comprovada ao longo de mais de 40 anos de profissão.

O Exército Brasileiro, por reconhecer a importância dos veículos de comunicação para a esfera pública nacional e para a cidadania, lamenta profundamente especulações que só se prestam para inocular a discórdia e que em nada contribuem para a resolução dos problemas vivenciados em nosso País.

Os comentários apresentados nas matérias não se fundamentam em informações oriundas do Comando do Exército, única esfera a qual cabe transmitir a palavra oficial da Força Terrestre.

Por fim, o Exército Brasileiro segue honrando o seu compromisso inabalável de garantir a Lei, a Ordem e a Paz Social, conforme os preceitos constitucionais, sempre pautado pelas mesmas tradições e valores, que permeiam de forma perene toda a sua História.

O respeito incondicional à Hierarquia, à Disciplina e à Cadeia de Comando é o farol que sempre orientou os rumos de nossa Instituição em todos os momentos de sua existência.

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