O Exército já identificou suspeitos de facilitarem o sumiço de 21 metralhadoras do quartel militar em Barueri, na Grande São Paulo. A informação foi divulgada pelo Blog da Andréia Sadi, do G1.
Aqueles militares que tinham a responsabilidade de fiscalização e controle das armas enfrentarão responsabilização e punições disciplinares. Espera-se que essas ações sejam tomadas em breve, pois os militares já receberam os formulários para apresentar suas defesas.
Paralelamente, outras diligências estão em andamento para responsabilizar os envolvidos, aplicar punições e recuperar as armas.
No total, foram furtadas 13 metralhadoras calibre .50 e 8 metralhadoras calibre 7,62, totalizando aproximadamente 500 quilos de armamento. Suspeita-se que o furto tenha ocorrido de forma gradual ao longo do tempo.
Vale destacar que esse furto é o maior desvio de armas registrado pelo Exército brasileiro desde 2009, quando o Instituto Sou da Paz iniciou o monitoramento desse tipo de ocorrência.
A situação se tornou ainda mais preocupante quando as armas foram oferecidas ao Comando Vermelho, a maior facção criminosa do Rio de Janeiro. A Polícia Civil do RJ teve acesso a um vídeo que também foi compartilhado com o Exército, mostrando quatro dessas metralhadoras.
As investigações apontam que a oferta das armas aconteceu cerca de um mês após o feriado de 7 de setembro. O grupo responsável pelo furto das metralhadoras solicitou o pagamento de R$ 180 mil por cada uma delas.