Exército já prepara as celas para a prisão de Bolsonaro e demais generais golpistas

Atualizado em 21 de fevereiro de 2024 às 19:34
Quartel-general do Exército, em Brasília. Foto: Divulgação

Diante do avanço das investigações e dos depoimentos marcados para esta quinta-feira (22), o Quartel-general do Exército, em Brasília, se prepara para possíveis prisões ordenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Militares de alta patente prestarão depoimento à Polícia Federal (PF) por suposta participação na tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder. O ex-presidente também será ouvido.

Uma fonte do Exército confirmou à coluna Radar, da Veja, que um alojamento localizado no Comando Militar do Planalto, dentro do GQ, foi preparado para eventuais prisões. “A gente precisa se preparar. Pela antiguidade da pessoa presa, é preciso que a gente tenha uma estrutura melhor, até porque sofremos inspeção do STF, logo após as prisões”, disse o militar.

Na linguagem militar, quando se fala em antiguidade, refere-se a generais e oficiais de alta patente. Contudo, a prisão em uma unidade militar também se estende ao ex-presidente, que é capitão.

Os militares que serão ouvidos são Augusto Heleno (ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), Walter Braga Netto (ex-ministro Chefe da Casa Civil e ex-candidato a vice-presidente), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Cleverson Ney Magalhães, (ex-coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres) e Mário Fernandes (ex-chefe-substituto da Secretaria-Geral da Presidência).

Até mesmo aliados de Bolsonaro, já preparados para uma eventual ordem de prisão do ministro Alexandre de Moraes, consideram o alojamento no QG do Exército o lugar natural para a detenção do ex-presidente, caso isso ocorra.

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