
O Exército decidiu recuar da concessão de férias ao tenente-coronel Mauro Cid, prevista para começar em novembro, e optou por “agregá-lo” novamente à Força. Segundo a coluna de Igor Gadelha no Metrópoles, a medida altera a situação administrativa do militar, mantendo-o na ativa, mas sem a necessidade de dar expediente diário.
No início do mês, após o Supremo Tribunal Federal (STF) concluir o julgamento da participação de Cid na trama golpista, o Exército havia informado que ele receberia 60 dias de férias. A decisão pretendia evitar o constrangimento de um retorno imediato ao trabalho, já que o militar delatou colegas de farda durante o inquérito.
A avaliação inicial era de que o afastamento temporário reduziria tensões dentro da corporação. Porém, a Força reviu a posição e decidiu adiar as férias até que o STF declare a extinção da pena de Cid, o que depende da análise do tempo que ele já passou em prisão preventiva.
Condenado a dois anos de prisão conforme previsto em seu acordo de delação, Cid aguarda o reconhecimento formal de que já cumpriu a pena. Sua defesa argumenta que o período em detenção cautelar é suficiente para extinguir a condenação.

Enquanto o Supremo não finaliza a análise sobre a extinção da pena, o Exército mantém Cid nessa condição intermediária, evitando tanto sua reintegração plena quanto sua saída definitiva da rotina militar.