Exército relutou em conter bolsonaristas durante atos golpistas, diz PM-DF

Atualizado em 8 de setembro de 2023 às 20:53
Policiais durante os atos golpistas de 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um relatório da Polícia Militar do Distrito Federal apontou que militares do Exército resistiram em conter os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante os atos golpistas de 8 de janeiro.

O documento, obtido pela coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, foi enviado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de janeiro.

No material, produzido pela PM quatro dias após as sedes dos Três Poderes serem invadidas e depredadas, a corporação fez um balanço detalhado da operação.

Calebe Teixeira, comandante do Batalhão de Policiamento de Choque, relatou que houve “uma certa resistência por partes de militares do Exército” que estavam no interior do Palácio do Planalto.

Bolsonaristas durante os atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Ainda que com uma certa resistência por parte de militares do Exército que estavam no interior do edifício [Planalto], foi emanada a ordem para que todos os que ali estavam cessassem com a baderna”, afirmou.

A versão do PM é reforçada por diversos elementos. Em agosto, policiais militares afirmaram à Justiça que soldados do Exército fugiram do Planalto enquanto golpistas depredavam o prédio. Um outro agente disse à Polícia Federal (PF) que militares confraternizaram com os extremistas.

Procurado, o Exército disse que prestará esclarecimentos sobre o episódio “exclusivamente aos órgão competentes pelas apurações”.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link