Um relatório da Polícia Militar do Distrito Federal apontou que militares do Exército resistiram em conter os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante os atos golpistas de 8 de janeiro.
O documento, obtido pela coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, foi enviado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de janeiro.
No material, produzido pela PM quatro dias após as sedes dos Três Poderes serem invadidas e depredadas, a corporação fez um balanço detalhado da operação.
Calebe Teixeira, comandante do Batalhão de Policiamento de Choque, relatou que houve “uma certa resistência por partes de militares do Exército” que estavam no interior do Palácio do Planalto.
“Ainda que com uma certa resistência por parte de militares do Exército que estavam no interior do edifício [Planalto], foi emanada a ordem para que todos os que ali estavam cessassem com a baderna”, afirmou.
A versão do PM é reforçada por diversos elementos. Em agosto, policiais militares afirmaram à Justiça que soldados do Exército fugiram do Planalto enquanto golpistas depredavam o prédio. Um outro agente disse à Polícia Federal (PF) que militares confraternizaram com os extremistas.
Procurado, o Exército disse que prestará esclarecimentos sobre o episódio “exclusivamente aos órgão competentes pelas apurações”.