Facebook desmantela rede de contas que promoviam Donald Trump a partir da Romênia

Atualizado em 6 de agosto de 2020 às 16:41
Facebook – AFP

Publicado no site da RFI

O Facebook desmantelou uma rede de cerca de 120 contas em sua rede e em seu aplicativo Instagram, envolvida em uma operação para promover a campanha de reeleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e manobrada da Romênia, anunciou o grupo nesta quinta-feira (6).

Os autores desta operação usaram relatos falsos e fingiram ser norte-americanos, incluindo páginas falsas de supostos apoiantes do chefe de Estado. A rede de contas postou conteúdo sobre a campanha, promovendo o apoio afro-americano ao presidente, as crenças cristãs e o movimento de conspiração de Qanon.

No total, em julho, as duas plataformas removeram mais de 1.000 contas identificadas como “não genuínas” por seu comportamento destinado a enganar o público sobre suas intenções ou origens.

Essas campanhas coordenadas “manipulam o debate público para fins estratégicos”, disse Nathaniel Gleicher, diretor de regulamentações de segurança cibernética do grupo Facebook. “Eles confundem os limites entre debates saudáveis ​​e manipulação”.

Operações de desinformação

A gigante das mídias sociais está intensificando os esforços para combater as operações de desinformação e a interferência estrangeira no período que antecede a eleição presidencial dos EUA.

“Estamos lidando com uma parte do problema que apresenta um desafio para toda a sociedade. Está cada vez mais claro que uma organização não pode fazer isso sozinha”, disse o gerente sênior da empresa da Califórnia .

Suas palavras ecoaram as do chefe do grupo, Mark Zuckerberg, que pediu repetidamente aos políticos que examinassem os limites a serem estabelecidos em termos de conteúdo e comportamento que podem ou não ser toleráveis ​​em plataformas digitais.

As páginas da campanha no Facebook da Romênia eram seguidas por 1.600 pessoas e as contas no Instagram por 7.200 pessoas.

“Não encontramos nenhuma prova de suas motivações, financeiras ou não”, disse Nathaniel Gleicher em entrevista coletiva. “Talvez eles estivessem apenas construindo uma audiência para monetizar mais tarde”.