Fachin anuncia convite a observadores internacionais para eleições e detona invasão ao Capitólio

Atualizado em 17 de maio de 2022 às 13:28
Fachin garante que TSE não vai diminuir transparência de informações
Presidente do TSE, ministro Edson Fachin

Durante discurso nesta terça-feira (17), na palestra “Democracia e Eleições na América Latina e os Desafios das Autoridades Eleitorais”, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Edson Fachin, anunciou o convite para observadores internacionais acompanharem as eleições de outubro no Brasil.

Ele também citou ao invasão ao Capitólio, nos Estados Unidos, por apoiadores do ex-presidente americano Donald Trump após sua derrota para Joe Biden. Ele chamou de “estapafúrdia” a ação dos trumpistas.

“A estapafúrdia invasão do Capitólio, em Washington, em 6 de janeiro do ano passado; os reiterados ataques sofridos pelo Instituto Nacional Eleitoral do México; as ameaças, inclusive de morte, sofridas pelas autoridades eleitorais peruanas no contexto das últimas eleições presidenciais — são exemplos do cenário externo de agressões às instituições democráticas, que não nos pode ser alheio”, afirmou Fachin.

“É um alerta para a possibilidade de regressão a que estamos sujeitos e que pode infiltrar-se em nosso ambiente nacional — na verdade, já o fez. sem falar das eleições dos Estados Unidos evidenciam os transtornos a que podem conduzir a apuração com cédulas de papel”, completou.

Ao falar sobre a iniciativa de convidar os observadores, ele citou os diferentes órgãos internacionais que estarão presentes para avaliar o pleito.

“Estamos convidando, de forma inédita, para atuarem como observadores de nossos pleito, todos os organismos e centros especializados internacionais relevantes na matéria: a Organização dos Estados Americanos (OEA); o Parlamento do Mercosul; a Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP); a União Interamericana de Organismos Eleitorais (UNIORE); o Centro Carter; a Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (IFES); e a Rede Mundial de Justiça Eleitoral”, declarou o presidente do TSE, acrescentando que a meta é ter mais de 100 observadores internacionais durante o pleito.