Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Edson Fachin, foi aconselhado por interlocutores a manter distância do atual ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira em um futuro próximo. A intenção é acalmar os ânimos após o levante que o ministro contribuiu contra as urnas eletrônicas, por ordem do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo o jornalista Valdo Cruz, a avaliação dentro da Corte é de que o ministro da Defesa decidiu abraçar o golpismo de Bolsonaro ao atacar o sistema eleitoral nos últimos dias, principalmente após as Forças Armadas enviarem perguntas fora do prazo e sem nexo, como insistir na existência da tal sala escura de apuração dos votos em mais uma fake news.
“Eles não querem conversar, dialogar, eles querem passar a imagem de que estão levantando dúvidas sobre um sistema que é seguro para, depois, divulgarem que o tribunal não atendeu às sugestões e questionar o processo eleitoral”, garantiu uma pessoa ligada a Edson Fachin e que garante que o ministro está concordando com a intenção de manter distância desse show.
Na última segunda-feira (09), o TSE respondeu oficialmente aos questionamentos das Forças Armadas e deixou claro que o relatório feito pelo general é cheio de erros técnicos e de desconhecimento. Além disso, a Corte já estuda encerrar a comissão eleitoral para se distanciar dos militares. Fachin marcou um encontro para o próximo dia 20 de junho, ou seja, daqui 40 dias.