Uma faculdade de Campinas, SP, está inovando o ensino de harmonização facial ao importar cabeças humanas congeladas dos Estados Unidos.
Famoso nas redes sociais entre as influenciadoras, esse procedimento estético busca melhorar a proporção do rosto, e é tradicionalmente ensinado por meio de cadáveres preservados em formol, no entanto, essa nova a técnica de congelamento, conhecida como ‘fresh frozen’, proporcionaria uma experiência mais fiel à anatomia de um corpo vivo. Com informações do G1.
A legislação brasileira permite a doação de corpos para fins científicos, mas as opções são limitadas. Por isso, algumas instituições têm recorrido à importação de cadáveres, com autorização do governo. Atualmente, apenas duas escolas no Brasil utilizam essa técnica.
A professora e cirurgiã-dentista Erika Bueno Camargo explica que o uso de cadáveres congelados proporciona segurança aos alunos antes de realizarem procedimentos em pacientes. As cabeças são mantidas em freezers e podem ser reutilizadas até que apresentem sinais de deterioração, momento em que devem ser devolvidas aos Estados Unidos.
Os alunos recebem preparação emocional antes das aulas práticas, que incluem uma cerimônia de respeito pela “peça”. Para evitar a divulgação inadequada, o uso de celulares é proibido nos laboratórios.
A técnica de congelamento, segundo a professora, permite que os alunos sintam com mais precisão as características de um rosto humano, garantindo um aprendizado mais próximo da realidade antes de aplicarem suas habilidades em pacientes.