Publicado no Facebook de Luis Felipe Miguel, professor da UnB
O jornal paulistano continua dando gás ao representante neofascista do Rio de Janeiro. Hoje, dedica um terço de página às “feministas por Bolsonaro”, com título explicando o motivo desse apoio tão surpreendente (o pretenso “discurso duro contra assédio”).
Quem são essas “feministas por Bolsonaro”? Ninguém. Uma página de facebook que se dedica, em geral, a atacar o feminismo. As bolsonarianas ouvidas se declaram antifeministas. As feministas manifestam sua óbvia repugnância pelo ex-capitão terrorista.
A reportagem não é só a amplificação de algo sem importância, que ganharia zero na contagem dos tais “valores-notícias” que continuam a ser ensinados nos cursos de comunicação.
Seu propósito é transmitir uma impressão falsa a quem a lê. A Folha, que se empenha tanto em alertar sobre os perigos das fake news, podia começar se olhando no espelho.
Não tenho referência de quem é a repórter que assina o texto. Imagino que hoje ela esteja pouco orgulhosa do próprio trabalho.