
Foto: Isaac Fontana
Uma análise da consultoria Bites mostrou que conteúdos falsos que afirmam que em um eventual governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “fecharia igrejas” alcançaram um grande público nas redes sociais, mesmo tendo sido desmentidos por agências de checagem. As fake news tiveram um alcance de 142 milhões de perfis apenas no Twitter.
Segundo o levantamento, outras publicações também envolvendo o petista e igrejas evangélicas repercutiram na internet. Bolsonaristas editaram um discurso de Lula para dar a entender que ele iria “regular” padres e pastores se eleito. O presidente da Igreja Batista Getsêmani, o pastor Jorge Linhares, compartilhou o vídeo, que teve cerca de 100 mil visualizações só em sua página.
Já em fevereiro deste ano, uma postagem em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) associa Lula a um vereador de Curitiba, que foi acusado de fazer ato político dentro de uma igreja católica, alcançou 7 milhões de usuários nas redes sociais.
“Isso é o que o povo rejeitou nas urnas em 2018 e irá julgar com voto em 2022”, afirma ele na publicação.
Para André Eler, diretor-adjunto da Bites, quando os conteúdos são desmentidos, há a possibilidade de serem ainda mais reforçados.
“Os dados mostram como as coisas vão se confundindo (no ambiente digital). Quando alguém desmente o boato de que o Lula não vai fechar igreja, acaba, na prática, reforçando a ideia de que isso é uma possibilidade”, destacou Eler.
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