Falta de agilidade de Bolsonaro para liberar os R$ 600 preocupa parlamentares

Atualizado em 4 de abril de 2020 às 11:46
Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP

PUBLICADO NO VERMELHO

Depois de uma semana aprovado pelo Congresso o auxílio emergencial de R$ 600 às famílias mais vulneráveis e trabalhadores informais, o governo Bolsonaro ainda não tem uma data para os pagamentos ocorrerem.

Segundo a coluna Painel deste sábado (4), do jornal Folha de S.Paulo, apesar das declarações de Jair Bolsonaro sobre preocupação com desemprego, políticos e integrantes do Judiciário apontam ao menos cinco posturas contraditórias do governo com este discurso.

“O Planalto chegou a publicar medida de suspensão de contratos de trabalho sem contrapartida, ofereceu, no início, apenas R$ 200 para informais, colocou a meta fiscal e, depois, a regra de ouro como entraves e, por fim, ainda não tem data para os pagamentos ocorrerem”, diz a coluna.

Em entrevista nesta sexta (3), Paulo Guedes (Economia) disse que os que criticam a demora na liberação dos R$ 600 estão fazendo política.

A líder do PCdoB na Câmara, deputada Perpétua Almeida (AC), diz que não faz uso político da situação. Lembrou que o povo está há semanas em jejum.

“Lembra que teu presidente só queria pagar R$ 200? Sou católica, faço orações e jejum, mas não uso isso politicamente”, disse.

“Paulo Guedes reclama das críticas de demora para ajuda econômica aos brasileiros na pandemia e diz que todos precisam ajudar neste momento. Fala isso pro seu presidente”, rebateu a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

A parlamentar argumentou que o povo pobre já está sem comer porque não há pagamento do auxílio e diz que o governo age irresponsavelmente.

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) diz que Bolsonaro não tem consciência, coloca em risco a vida dos brasileiros, ignora a fome e momento de pandemia mundial que estamos vivendo.

“Cadê a renda mínima? As pessoas não aguentam mais e precisam de respostas rápidas! O governo tem que agilizar o pagamento. #PagaLogoBolsonaro!”, cobrou o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ).

“Bolsonaro propôs um #JejumPeloBrasil. Concordamos que ele precisa ficar com a boca fechada. Não para fazer jejum. Mas para parar de falar as asneiras que prejudicam o combate à pandemia. Se for para fazer coisa séria, que pague logo a ajuda aos informais. #PagaLogoBolsonaro”, criticou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).