A família Bolsonaro não está totalmente alinhada com a ida do presidente para o PL. Isto porque os filhos do chefe do poder executivo federal divergem sobre o futuro do patriarca. Flávio é favorável que o pai esteja no Partido Liberal e fique próximo de Valdemar Costa Neto. Já Carlos defende que o governo precisa manter o discurso ideológico e não fique tão próximo do Centrão.
“O senador trabalhou na articulação para que o pai fosse para o PL. A opinião dele é que o Centrão é responsável pela manutenção do governo. E que eles causam menos problemas que a ala ideológica. Apesar de ser conservador, o Flávio sempre trafegou bem no mundo político, até melhor que o próprio pai. Nunca foi 100% favorável com o radicalismo imposto pela família”, explicou um aliado do presidente.
“O Carlos bate na tecla que eles chegaram ao poder por causa do discurso ideológico. E é isso que mantém o eleitorado do presidente. Ir para o PL, corre-se o risco de perder a base fiel para tentar conquistar outra base sem nenhuma garantia de sucesso. Foi o Carlos que mostrou a reação negativa das redes sociais quando o Bolsonaro foi anunciado no PL. E por isso o presidente recuou”, acrescentou.
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Flávio Bolsonaro reclamou com o pai
Tudo estava certo para a filiação acontecer no dia 22 de novembro. Porém, Bolsonaro teve uma grande briga com Valdemar Costa Neto e a data foi adiada. Eles ainda estão insatisfeitos um com o outro. Mas buscam encontrar um meio termo para finalmente se “casarem”.
No dia que o PL anunciou o adiamento da filiação, Flávio colocou panos quentes. Nos bastidores, conversou com o pai e reclamou. “Ele falou ‘o senhor só escuta o Carlos. Nem disfarça que é o seu favorito’. Bolsonaro, com aquele jeitão dele, discutiu com o filho mais velho. Mas concordou com os argumentos do senador e pediu apenas paciência para acalmar a base ideológica. Nesta, o Carlos deve perder”.
No meio disso tudo, Eduardo apenas tem dito que apoiará o pai em qualquer decisão. Ele não tem a menor vontade em entrar em confusão com os irmãos.
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