Família de Moïse vai administrar quiosque onde ele foi assassinado

Atualizado em 5 de fevereiro de 2022 às 13:34
Moïse Kabogambe
Quiosques passarão a ser memorial

A família de Moïse Kabagambe passará a ser administradora do quiosque Tropicália, local onde ele foi morto em 24 de janeiro. A declaração foi dada pelo prefeito Eduardo Paes na rede social na manhã hoje(5). Segundo o secretário municipal de Fazenda, Pedro Paulo, o plano é encontrar a família nesta tarde para iniciar os trâmites da permissão.

“Eles já aceitaram. Estamos dispostos, junto à Orla Rio (que opera os quiosques), a fazer a permissão oficial imediatamente. A Orla Rio se comprometeu a isentá-los de pagamento de aluguel (que pode variar de R$ 1 mil a R$ 12 mil mensais, segundo a concessionária) e a arcar com a reviltalização do quiosque em parceria com a prefeitura. É o mínimo de reparação diante da brutalidade que foi cometida contra Moïse”, disse o secretário.

Conforme informou o jornalista Ancelmo Gois, a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Fazenda, vai transformar os quiosques Biruta e Tropicália em um memorial em homenagem à cultura congolesa e africana. A ação será feita junto com a concessionária Orla Rio. Segundo Pedro Paulo, o quiosque Biruta deverá ser administrado por alguma instituição ligada ao movimento negro.

Leia mais:

1- DCM ao Meio-Dia: Requião e Padre Júlio falam de Moïse e do caminho para derrotar o fascismo

2- VÍDEOS: Manifestantes exigem justiça por Moïse Kabagambe, no RJ

3- Justiça do Rio mantém prisão de acusados envolvidos no assasinato de Moïse

Quiosques se tornarão memorial à cultura africana

A reconstrução dos quiosques tem como intuito celebrar a “cultura e alegria do povo africano, tendo ali um ponto de referência com comida típica, e trazendo a oportunidade de empregar refugiados que vivem na cidade”, afirmou o secretário.

“A ideia é que seja um espaço qualificado, com bom atendimento, não só ligado à gastronomia, mas também para eventos, shows, que tenha toda essa referência da cultura congolesa e africana como um todo. O que aconteceu foi algo brutal, inaceitável e que não é da natureza do Rio. É nosso dever ser uma cidade antirracista, acolhedora e comprometida com a justiça social.”

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link