Farra do cartão corporativo: Bolsonaro gastou 16,5 milhões de reais apenas em viagens

Atualizado em 3 de junho de 2022 às 8:56
Bolsonaro gasta R$ 21 milhões em cartão corporativo
Presidente Jair Bolsonaro
Foto: Reprodução

Em férias permanentes desde que assumiu o mandato, Bolsonaro já gastou R$ 16,5 milhões em viagens com a comitiva e a família, segundo dados de um documento sigiloso do TCU divulgados nesta sexta-feira (3). A soma é parte dos R$ 21 milhões que foram torrados pelo presidente e o círculo mais próximo do clã presidencial.

99% dos gastos do presidente Jair Bolsonaro (PL) carregaram o selo de confidencial. No entanto, por meio de auditoria, o Tribunal de Contas da União teve acesso aos gastos do chefe do Executivo entre janeiro de 2019 até o mês de março de 2021. As informações foram divulgadas pela VEJA.

O documento mostrou que o governo de Bolsonaro foi marcado por uma farra de viagens sem caráter oficial, não só dele, mas de vários ministros e apoiadores. Os valores chegaram a 16,5 milhões de reais em pagamentos de hospedagem, fornecimento de alimentação e apoio operacional, entre caronas e viagens de férias.

“A utilização da aeronave presidencial para transportar, em viagens de agenda privada, pessoas que não são seus familiares diretos, bem como pagamento de despesa de hospedagem de pessoas que não são autoridades ou dignitários, sinalizam aproveitamento da estrutura administrativa em benefício próprio. Tais situações afrontam os princípios da supremacia do interesse público, moralidade e legalidade”, constou trecho da auditoria do TCU.

Para a auditoria do TCU, o uso do avião presidencial para deslocamentos de convidados do presidente pode significar crime de improbidade administrativa, o que, em casos de condenação, levaria as autoridades a perder a função pública, ter os direitos políticos suspensos e ressarcir os cofres públicos por seus passeios aéreos particulares.

As descobertas dos auditores serão analisadas por diferentes instâncias do Ministério Público, que podem ou não dar seguimento a eventuais pedidos de responsabilização. Sem contar que agora, na pré-campanha, as viagens continuam a todo vapor.

Além disso, o relatório do TCU aponta que ainda foram gastos R$ 2,59 milhões para alimentar a tropa de assessores e seguranças de Bolsonaro.

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