Apoiadores de Jar Bolsonaro se engajaram nos últimos dias a espalhar, nas redes sociais, teorias da conspiração a respeito do ataque sofrido pelo militar em Juiz de Fora (MG), na última quinta-feira (6).
No Twitter, surgiram diversas publicações com supostos tuítes de pessoas dizendo que iriam aproveitar a visita do candidato à cidade para atacá-lo.
Alguns deles mencionam, inclusive, ataques com faca.
Sem qualquer evidência, os bolsonaristas tentam atribuir o ataque à esquerda.
Bem no estilo ‘justiça com as próprias mãos’, um perfil divulgou dados da usuária @claaribeir0 que, segundo os conspiradores, havia ameaçado ‘organizar um atentado’ para acabar com a vida do militar.
Estranhamente, no perfil dela aparece uma mensagem de que a conta foi hackeada. Nenhum tuíte com ameaça a Bolsonaro é encontrado.
Outro perfil no Twitter divulgou um compilado de supostos prints de usuários ameaçando acabar com Bolsonaro em Juiz de Fora.
Muito estranho é que os usernames estão embaçados, o que impede que se possa entrar nos perfis para checar a veracidade – ou não – das publicações.
Neste outro, abaixo, os nomes de usuários estão nítidos. No entanto, ao tentar visitar os perfis, o Twitter indica que eles não existem.
Ao acessar o perfil @lucasribeiro hoje (8), se encontra a mensagem de que a página não existe.
Todos esses perfis podem, sim, terem sido deletados após a repercussão.
Ou simplesmente nunca foram criados.
Tem cheiro de armação, para tentar criminalizar a esquerda ou justificar algum ato de violência.
O exemplo vem de cima: o general Hamilton Mourão, candidato a vice na chapa de Bolsonaro, foi um dos primeiros a declarar que a facada em Bolsonaro tinha sido obra do PT.