“Fecha, expulsa, desmonta”. No Pará, ruralistas cobram preço do apoio a Bolsonaro. Por Fernando Brito

Atualizado em 22 de abril de 2019 às 16:32

Publicado no Tijolaço

A proximidade entre Bolsonaro e Nabhan Garcia amplia o poder do secretário, que é considerado o 23° ministro do governo, responsável pela reforma agrária no Brasil (Foto: Arquivo Pessoal)

POR FERNANDO BRITO

Pior do que o Governo Bolsonaro, em matéria ambiental, são as forças selvagens que ele libertou.

É estarrecedora a reportagem de Ciro Barros, da Agência Pública.

Ciro narra uma reunião, promovida pelos Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente com ruralistas no Pará.

Aos brados, exigiam o fim da fiscalização ambiental naquele trecho da Amazônia. “Tem que acabar”, diziam do Ibama – segundo eles, Instituto Brasileiro do Assalto a Mão Armada – e do ICMBio.  “Tem que “desfazer essas porcarias de Unidades de Conservação”. Idem, o Incra…

Despontamento na platéia quando o cidadão da foto, secretario de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Luiz Antônio Nabhan Garcia (ex-presidente da UDR) falou que não podia extinguir a Funai, mas que o governo já lhe tinha cassado a autonomia para requerer a demarcação de área indígena…

Alguém ainda acha que é “folclórica” a proposta do Filho 01, Flávio Bolsonaro, de extinguir as reservas legais obrigatórias de mata?

Ou pior, que Bolsonaro não possa cumprir a promessa de dar um fuzil a cada ruralista?