
Representantes do Wikileaks encontraram o presidente da Argentina, Alberto Fernández, e a vice Cristina Kirchner nesta segunda, dia 5.
Cristina declarou apoio total à causa da libertação de Julian Assange. Segundo ela, o lawfare é a máquina de golpe de escolha dos Estados Unidos.
Estiveram presentes na Casa Rosada o editor-chefe, Kristinn Hrafnsson, e o editor Joseph Farrell, além de Sara Vivacqua, do DCM, que traz este relato com exclusividade.
Cristina afirmou que procurará mobilizar o máximo de lideranças políticas para por fim à extradição de Assange. “A América Latina sofre com a chaga da perseguição judicial que vitimou Lula, Rafael Corrêa e Evo Morales”, disse.
A conversa com ela durou 40 minutos. “Ela concordou em instar a administração Biden a retirar as acusações contra Assange”, diz Sara.
Fernández, por sua vez, contou que falará com Lula para uma ação conjunta de apoio a Assange na América Latina.
Hrafnsson, Farrell e Sara estão numa turnê pelo continente buscando justiça para Assange. Antes da Argentina, já se encontraram com Gustavo Petro, presidente da Colômbia, e com Lula.
Julian Assange está preso em Londres desde 2019. A Justiça do Reino Unido está tramitando sua extradição para os Estados Unidos, onde ele enfrentará denúncias por “ataque à segurança nacional”.
Seu “crime” é ter revelado informações confidenciais das Forças Armadas e dos aparatos de inteligência norte-americanos, expondo diversos crimes de guerra cometidos pelos militares no Iraque, no Afeganistão e em outros países ocupados.
Caso a justiça de Washington condene Assange pelos crimes que é acusado, ele poderia acumular uma pena de 175 anos.
