
O jovem boxeador Arturo Gatti Jr., de 17 anos, foi encontrado morto no México nesta quarta-feira (8). A confirmação do falecimento foi feita por seu treinador, Moe Latif, que pediu respeito e privacidade à família. As causas da morte ainda não foram divulgadas pelas autoridades locais, e até o momento não há versão oficial sobre o que ocorreu.
Filho do lendário campeão mundial Arturo Gatti, o adolescente seguia os passos do pai e se preparava para competir no boxe olímpico antes de migrar para o profissional. Morava no México com a mãe, a brasileira Amanda Rodrigues, e mantinha rotina intensa de treinos.
Seu talento já chamava atenção nas redes sociais, onde publicava vídeos ao lado de grandes nomes do esporte, como Mike Tyson. Moe Latif, que o treinava desde os primeiros anos na categoria juvenil, declarou em comunicado que o jovem “tinha um futuro brilhante e uma disciplina rara para a idade”.
O técnico também pediu que a imprensa “respeite o luto e o momento delicado da família”. Arturo Gatti Jr. era visto como uma promessa do boxe internacional.
Segundo o treinador, o plano era disputar torneios classificatórios para o ciclo olímpico antes de iniciar a carreira profissional. “Ele amava o esporte e sonhava em representar seu país com o mesmo orgulho que o pai levou ao ringue”, afirmou Latif.

O pai do jovem, Arturo “Thunder” Gatti (1972–2009), foi um dos maiores nomes do boxe moderno. Nascido na Itália e criado no Canadá, conquistou 40 vitórias, 31 delas por nocaute, e foi campeão mundial em duas categorias: super-penas (IBF) e super-leves (WBC). Em 2013, foi incluído no Hall da Fama do Boxe, reconhecimento à carreira marcada por coragem e lutas memoráveis.
Ídolo nos Estados Unidos e no Canadá, Gatti pai ficou conhecido pelo estilo agressivo e por reviravoltas heroicas em combates que pareciam perdidos. Sua trajetória inspirou uma geração de lutadores e o transformou em um símbolo de resistência dentro do esporte.
Após se aposentar em 2007, Arturo Gatti viveu entre o Canadá e o Brasil, onde se casou com Amanda Rodrigues, mãe de Gatti Jr. Em 2009, o ex-pugilista foi encontrado morto em um hotel em Porto de Galinhas (PE). O caso, inicialmente tratado como homicídio, foi posteriormente classificado como suicídio, decisão que gerou controvérsia entre familiares e fãs.