
Antonio Hamilton Rossell Mourão, filho do ex-vice-presidente e senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), foi denunciado à ouvidoria do Banco do Brasil por trabalhar “totalmente alcoolizado”. Antonio foi nomeado durante o governo de Jair Bolsonaro para uma gerência-executiva e permanece no cargo mesmo após as acusações.
Segundo a denúncia, o filho do senador e outros dois chefes do setor chegavam com frequência embriagados para trabalhar, em especial no período da tarde. O comportamento estaria causando constrangimento aos demais funcionários, que até o fim do mandato de Bolsonaro, não se sentiam respaldados para denunciar os episódios às instâncias superiores do banco. O sentimento era motivado pelo posto do pai, que exercia grande influência no direcionamento do órgão estatal.
A ouvidoria respondeu à denúncia algumas semanas depois e, conforme as informações oficiais, os três embriagados foram procurados por seus superiores e tiveram de prestar esclarecimentos. Os episódios não voltaram a ocorrer desde então.
O Banco do Brasil se pronunciou em nota, mas não entrou em detalhes. Disse apenas que os processos internos são abertos a partir de provas que justifiquem a medida, e que as decisões são de sigilo interno, de modo a resguardar a imagem dos funcionários envolvidos.
A ascensão do filho do ex-vice-presidente foi “meteórica” no Banco do Brasil, principalmente no primeiro ano de mandato de Jair Bolsonaro. Concursado e no banco desde 2001, foi a partir de 2019 que Antonio Mourão foi promovido a assessor especial da presidência do BB. No mesmo ano, passou ao posto de gerente-executivo de Marketing e Comunicação até ser transferido para a diretoria de Agronegócio, ainda como gerente-executivo, cargo que ocupa até hoje.