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O Ministério Público Federal (MPF) da Paraíba abriu uma investigação preliminar, nesta terça-feira (14), para apurar tráfico de influência e usurpação de função pública por parte de Antônio Cristóvão Neto, o Queiroguinha, filho do ministro Marcelo Queiroga e pré-candidato a deputado federal pelo PL da Paraíba, mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro, segundo reportagem do O Globo.
Deputados e senadores do PT acionaram a Procuradoria Regional da República em João Pessoa pedindo a investigação de Queiroguinha.
“A denúncia foi analisada pelo procurador distribuidor, que determinou a instauração de notícia de fato e respectiva distribuição para ser apurada. De início, o suposto fato deve ser averiguado por gabinete com atuação criminal geral, o qual avaliará o cabimento de eventual encaminhamento à Procuradoria Regional Eleitoral”, diz a nota do MPF.
Além do pedido para abertura de inquérito, os parlamentares também pediram uma série de informações e de documentos a ministérios e prefeituras. Entre elas, estão reuniões de Queiroguinha em nome da Saúde junto a prefeitos e da participação de dele em eventos da pasta.
“Algo não cheira bem. As denúncias e fatos se avolumam. É fundamental que o Ministério Público, sobretudo do estado da Paraíba, inicie uma apuração imediata para afastar não só irregularidade em administração pública como abuso do poder político e econômico que possa influenciar o resultado da eleição” diz o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), conforme a reportagem.
“Observando os fatos à luz de eventual incidência delitual, cumpre averiguar o comparecimento de Queiroguinha em eventos da pasta do Ministério da Saúde, representando seu pai, o atual Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, bem como sua autointitulação como membro do Poder Executivo, haja vista que Queiroguinha, sequer exerce qualquer função pública que o faça competente para esta substituição ou qualificação”, afirma o documento, protocolado nesta terça.
O documento é assinado pelos senadores Paulo Rocha (PT-PA), Humberto Costa (PT-PE), Fabiano Contarato (PT-ES), Jaques Wagner (PT-BA), Jean Paul Prates (PT-RN) e Rogério Carvalho (PT-SE), pela senadora Zenaide Maia (Pros-RN) e pelos deputados do PT Alexandre Padilha (SP), Erika Kokay (DF), Henrique Fontana (PR) e Jorge Solla (BA).