
Caio dos Santos Cruz, filho do ex-ministro general Santos Cruz, foi um dos representantes da Verint, principal concorrente da Pegasus para a venda de um sistema de espionagem ao governo Bolsonaro e à Lava Jato de Curitiba.
Segundo Jamil Chade conta no UOL, as duas empresas apresentaram o protótipo do software de espionagem e a força-tarefa teria se interessado em usar a Pegasus para espionar o ex-presidente Lula. Mas a ala militar do governo preferia a Verint, que mudou de nome para Cognyte.
A proposta pelo serviço foi de R$ 11,2 milhões e é assinada por ninguém menos que Caio, o filho do general.
Além disso, o próprio ministro da Defesa de Israel, Mishel Ben Baruch, manda carta endereçada ao ex-juiz Sergio Moro, que era o ministro da Justiça na época. Não é comum esse tipo de documento chegar assim.
Na reunião da cúpula do Exército para conhecer a Pegasus, Santos Cruz teria criticado o software, o que poderia indicar interesse em beneficiar o filho.
Santos Cruz deixou o governo após sofrer uma onda de ataques nas redes sociais que teria sido orquestrada por Carlos Bolsonaro. A campanha de difamação incluiu uma imagem, falsa segundo o general, de uma conversa dele com ataques ao governo.