Filho Zero 2 de Míriam Leitão critica “abusos” de Moro e da Lava Jato e chuta o cachorro morto que a família alimentou

Atualizado em 6 de junho de 2021 às 16:08
Miriam Leitão, Moro e o filho dela, Vladimir Netto, no lançamento do livro sobre a Lava Jato

O filho Zero 2 de Míriam Leitão, Matheus, bateu no cachorro morto que alimentou por anos junto com a mãe e o irmão.

Matheus chamou a matéria de capa da Veja sobre Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, em que ele é acusado de negociar penas, de “pá de cal que faltava na Lava Jato”.

De acordo com Matheus, “a maior operação contra a corrupção generalizada que existiu sim no Brasil” teve um problema: “perdeu a credibilidade por conta de abusos de seus juízes e procuradores”.

Detona “o comportamento de Sérgio Moro em Curitiba: alguns magistrados no Brasil se acham acima do bem e do mal, acima de tudo, até da constituição do país”.

“O país não pode ignorar abusos. De quem quer que seja”, escreve.

Matheus deveria ter feito uma autocrítica em nome da família.

Eles ajudaram a criar esses monstrengo dentro do estado brasileiro e agora renegam.

Ganharam fama e dinheiro ao se associar a procuradores por meio de, por exemplo, livros e palestras. Vladimir Netto, setorista de Moro na Globo, fez turnês com Deltan Dallagnol.

Míriam e ele fizeram noite de lançamento da hagiografia de Moro com a presença do sujeito em Curitiba. Virou “O Mecanismo” de José Padilha.

Em setembro passado, depois que os diálogos obscenos da turma já tinham ganhado o mundo, Matheus entrevistou Dallagnol.

Deitou aqueles números mágicos que a patota de Curitiba vende e ninguém questiona: “A Lava Jato ainda pode entregar aos cofres públicos R$ 10 bilhões, além dos R$ 4 bi que já conseguiu recuperar dos desvios da corrupção”.

Falou ao entrevistado que ele “apresentou uma rede de informações impressionante à opinião pública sobre como se formam as redes de corrupção”.

Mais recentemente, criticou a decisão de Fachin de anular condenações de Lula, alegando que “traz insegurança jurídica e política para o país” e era “uma bomba no mundo jurídico”.

Em tempos mais felizes, Matheus fez foto com Deltan, cada um com a obra que havia acabado de lançar.

Os Leitão devem muito ao lavajatismo e vice-versa. Uma carreira, praticamente. Bolsonaro não seria possível sem eles.

Fica aí a sugestão para um próximo livro, quem sabe a seis mãos.

Deltan Dallagnol com Matheus Leitão, filho de Míriam