Não é em vão o esforço do deputado Filipe Barros (PSL-PR), membro da CPMI das Fake News e bolsonarista de carteirinha, com direito a pertencer ao núcleo duro do gabinete do ódio comandado por Carlos Bolsonaro, filho do presidente e articulador da milícia digital instalada no Palácio do Planalto.
O parlamentar, eleito com 75 mil votos pela cidade de Londrina, recentemente foi indicado para a Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, em substituição ao petista Paulo Pimenta.
A nomeação é, por enquanto, a face mais visível da sua rápida ascensão, mas não a única: Filipe conseguiu emplacar o irmão, Lucas Barros Baptista de Toledo Ribeiro, no cargo Assessor da Diretoria na Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, e a cunhada (namorada de Lucas), Maria Eduarda Dinardi Mardegan, para a função de Assessora da Secretaria Nacional da Juventude, ambos no ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, comandado por Damares Alves.
Filipe era um obscuro assessor parlamentar de Gustavo Richa, vereador em Londrina e primo do tucano Beto Richa, ex-governador colhido em escândalos de corrupção, até se aproximar de seu criador, mentor e guru Paulo Briguet, amigo de Olavo de Carvalho, editor do site de extrema-direita ‘Brasil Sem Medo’ e a quem se atribui a indicação do ex-ministro Ricardo Velez Rodriguez, demitido da pasta da Educação por insuficiência técnica logo no início do governo.
Foi nesse contexto, com camiseta do MBL e defendendo pautas conservadoras, que conseguiu se eleger vereador e, agora, deputado federal.
Todas as bandeiras e práticas fascistas do atual governo, como produzir trucagens nas redes sociais ou, como fez ontem, dar curso à farsa contra a repórter Patrícia Campos Mello, acusada por um depoente da CPMI das Fake News de oferecer ‘sexo por informação’ são encabeçadas por Filipe, sempre sob a tutela e influência de Briguet.
O próximo passo do guru é tornar o jovem deputado prefeito de Londrina.
Na cidade, há quem acredite que vai ser barbada: Londrina foi, entre os grandes centros urbanos, a cidade que proporcionalmente mais deu votos a Bolsonaro na eleição de 2018.
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