Foto de Brandon Compagne na Unsplash
A disputa pelo Campeonato Mundial de Surfe segue agitada, e o brasileiro Filipe Toledo conseguiu conquistar pela segunda vez a etapa em Burleigh Heads, na Austrália, em um cenário digno de cinema.
Com toda a repercussão do bicampeonato na Austrália, o sucesso de Filipe Toledo movimenta palpites na Novibet Brasil, já que anima os fãs para o complemento da temporada. Saiba quando apostar e quando parar.
Vale destacar que Filipe Toledo é o surfista com mais títulos de etapas nos últimos 10 anos, somando 17 conquistas, três a mais que o compatriota Gabriel Medina. Além disso, é bicampeão pelo Brasil no ISA World Surfing Games.
Filipe Toledo teve final histórica
Na semifinal, Filipe Toledo mostrou que estava focado para buscar o título. Diante do também brasileiro Alejo Muniz, ele conseguiu a única nota 10 do evento, completando um tubo.
Na decisão, o adversário foi o dono da casa, o australiano Julian Wilson. O brasileiro começou logo de cara com um 8.53, enquanto o adversário respondeu com 8.10.
Com uma ótima onda pelo caminho, Filipinho buscou um 9.07, enquanto Wilson tirou 7.73, deixando o brasileiro na liderança. Com seis minutos para encerrar a bateria, o australiano recuperou o prejuízo com um 8.10.
Assim, Julian Wilson ainda precisava de um 8.81 para assumir a liderança, e o clima nos minutos finais foi dramático, inclusive com discussões entre os atletas. Na última onda, o australiano tirou 8.4, e o título ficou com Filipe Toledo por apenas 0.4 de diferença.
Com o resultado, o brasileiro subiu para a sexta posição no ranking mundial, somando 26,035 pontos, apenas 0,300 atrás de Ethan Ewing, que fecha o Top 5. Vale destacar que o Brasil tem dois atletas na ponta: Italo Ferreira e Yago Dora.
Filipe Toledo enfrentou problemas com a saúde mental
Filipe Toledo se afastou do Circuito Mundial da WSL no início de 2024 para tratar da saúde mental, após cinco anos convivendo com picos de depressão. Em entrevista ao Globo Esporte, no final de 2024, o bicampeão mundial falou sobre a situação e prometeu voltar mais forte, como vem fazendo atualmente.
“Então 2019 foi um ano de muita oscilação, onde eu comecei a detectar alguns sinais, alguns sintomas e, no final de 2019, eu me encontrei num lugar onde jamais imaginei que poderia chegar. A gente sempre para e olha: “Poxa, eu tenho tudo, família, amigos, faço o que eu gosto e tal…” Mas não é só sobre isso”, contou.
Filipinho também destacou que, naquele momento, não queria nem mesmo competir, mas ia por obrigação. Porém, ele recebeu ajuda e, com isso, conseguiu se recuperar, voltando a competir forte em 2025 e com planos para as Olimpíadas em 2028.
“Tenho feito um trabalho com um profissional. Só de não ter essa cobrança de ter que passar, de disputar vaga, de brigar para estar no Finals… Só de não ter isso, de saber que vou acordar e só vou ter que levar os meus filhos à escola, é algo que me dá tranquilidade. Tenho feito o meu treino, tenho me mantido ativo e isso tudo me ajuda nesse processo. E acho que só de estar mais presente em casa, descansando e já mentalizando o ano que vem, isso tudo me deixa bem para me organizar de novo”, finalizou.
Portanto, Filipe Toledo tem uma história de resiliência e mostra que, mesmo os campeões, precisam cuidar da saúde mental para se manterem bem, seja na profissão ou na rotina diária.