Filme da Bruna Surfistinha gerou mais empregos do que o governo Bolsonaro

Atualizado em 21 de julho de 2019 às 11:25
Deborah Secco como Bruna Surfistinha

Num evento comemorativo dos 200 dias de seu desgoverno, Jair Bolsonaro assinou uma medida que transfere o Conselho Superior do Cinema do ministério da Cidadania para a Casa Civil.

Disse que não aceita que dinheiro público sirva para “fazer filme como o da Bruna Surfistinha”.

O cineasta Marcus Baldini respondeu que seu longa é “um projeto importante tanto pela questão artística quanto pela econômica”.

Depois de listar os números da audiência — 2 milhões de brasileiros foram ao cinema —, contou que a produção “empregou 500 pessoas diretamente, pagou milhões em impostos, gerou receita para o Governo”.

Deu trabalho a mais gente que o governo Bolsonaro.

Segundo os dados mais recentes do IBGE, a taxa de desemprego no Brasil está em 12,5% no trimestre de fevereiro a abril.

São 13,2 milhões.

A população subutilizada (28,4 milhões de pessoas) – que agrega desempregados, subocupados por insuficiência de horas (trabalham menos do que gostariam) e força de trabalho potencial (não buscam emprego, mas estão disponíveis) – bateu o recorde da série histórica iniciada em 2012, com alta de 3,9% (mais 1.063 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 3,7% (mais 1.001 mil pessoas) na comparação com igual trimestre de 2018.

A quantidade de pessoas desalentadas, aquelas que desistiram de procurar emprego, chegou a 4,9 milhões, um aumento de 4,3% (mais 202 mil) em relação ao trimestre anterior e 4,2% (mais 199 mil) frente ao mesmo trimestre de 2018.