🚨 AGORA: Vídeo vazado da produção do filme “Dark Horse”, protagonizado por Jim Caviezel e que homenageará Jair Bolsonaro.
Trecho mostra Jair Bolsonaro nos braços de seus apoiadores após facada em Juiz de Fora (MG). pic.twitter.com/5htaKePois
— Brasil Alternativo (@bralternativo_) December 7, 2025
A produção do filme “Dark Horse”, que retrata o atentado a faca contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, tem sido alvo de denúncias por parte de figurantes, atores e técnicos que participaram das filmagens realizadas entre outubro e novembro de 2025, em São Paulo.
Relatos indicam agressões, condições precárias de trabalho, atrasos de pagamento e práticas irregulares. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões de São Paulo (Sated-SP), que recebeu uma série de depoimentos.
O ator e figurante Bruno Henrique, por exemplo, relatou ter sido agredido por membros da equipe de segurança durante uma diária no Memorial da América Latina, no dia 21 de novembro. Segundo Bruno, após ser abordado por não ter seguido uma orientação de não usar o celular no set, ele foi arrastado, empurrado e agredido por um segurança estrangeiro, chegando a registrar um boletim de ocorrência devido ao soco que recebeu.
Além disso, ele também fez denúncias sobre a qualidade da alimentação fornecida no set, afirmando que figurantes chegaram a comer comida estragada e foram forçados a permanecer no local sem condições adequadas para suas necessidades fisiológicas.
Outras irregularidades também foram apontadas, como a diferença no tratamento entre a equipe estrangeira e o elenco brasileiro. A equipe brasileira recebia apenas um “kit lanche” durante as mais de 8 horas de gravação, enquanto os estrangeiros tinham direito a café da manhã, almoço e lanche da tarde. Além disso, houve relatos de atrasos nos pagamentos e da exigência de que os figurantes pagassem antecipadamente R$ 10 pelo transporte para as locações, valor que seria descontado do cachê.
O Sated-SP, após receber várias denúncias, abriu um dossiê com os relatos, apontando que a produção não seguiu as convenções coletivas brasileiras, como a falta de contratos de trabalho adequados e o não cumprimento das normas de registro da equipe e contribuição para o fundo social do sindicato. A presidenta do sindicato, Rita Teles, destacou a gravidade das denúncias e pediu maior fiscalização do Ministério do Trabalho, chamando a atenção para as falhas na regulamentação das produções estrangeiras no Brasil.
A direção de “Dark Horse” é assinada por Cyrus Nowrasteh, e o roteiro supostamente tem a assinatura de Mário Frias, ex-Secretário Especial da Cultura no governo Bolsonaro, o que já indica a qualidade da coisa. Uma versão preliminar do roteiro descreve sequências de ação ambientadas na Amazônia, com confrontos contra cartéis de drogas e a participação de indígenas. O papel principal é de Jim Caviezel, que fez o protagonista em “A Paixão de Cristo”, um panfleto antissemita do negacionista Mel Gibson.
A GoUp Entertainment, empresa responsável pela produção de “Dark Horse”, ainda não se pronunciou oficialmente sobre as acusações. A J&D Produções, encarregada da seleção de elenco, negou qualquer irregularidade, informando que trabalha conforme as normas legais e de mercado.
Enquanto isso, a indústria cinematográfica brasileira segue em alerta para a proteção dos direitos dos trabalhadores, especialmente em produções internacionais que, segundo os sindicatos, muitas vezes ignoram as leis locais e as convenções dos trabalhadores.
Não é que o Jim Caviezel ficou idêntico ao Presidente Bolsonaro? Jim vai interpretar Bolsonaro no filme Black Horse (o azarão) sobre a vida do nosso Ex-presidente. Ele interpretou Jesus em Paixão de Cristo e interpretou Tim Ballard no filme Sons da Liberdade. Não é só um… pic.twitter.com/y7fGwhnkLM
— Carlos Jordy (@carlosjordy) December 7, 2025
Começaram as gravações do filme do Jair Bolsonaro. pic.twitter.com/QNdhbtBByU
— PATRlOTAS (@PATRlOTAS) December 6, 2025