Reflexões sobre o livro que deu origem a Jules & Jim, de Truffaut.
Já viram Jules e Jim, do Truffaut?
Eu não. Quer dizer, vi trechos. Mas não vi inteiro. Vou ver.
Mas acabei de ler o livro. Não sei ainda como avaliá-lo, mas há uma passagem que me chamou demais a atenção. Queria compartilhar e abrir, assim, uma discussão.
A personagem principal feminina, Kate, conta uma passegem sexual de sua vida a Jim, seu amante. O outro homem, diz ela, a pegou com as mãos “pelos dois lados”.
Pelos dois lados.
Jim até ali dividia Kate com Jules, seu melhor amigo, e outros homens. Quer dizer, não era um cara essencialmente ciumento.
Só que.
Ao ouvir a histórias das mãos dos dois lados vibrou uma bofetada em Kate. E ela, triunfal: “Finalmente encontrei um homem que me dá um tapa na hora certa.”
Por algums instantes me passou pela cabeça a hipótese de que o drama supremo de muitas mulheres é passarem uma vida inteira sem encontrar o homem