
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez duras críticas ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, após a PGR solicitar ao STF a abertura de um inquérito contra o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Flávio classificou o pedido como uma “cagada”, em referência a um áudio vazado de Gonet durante a oitiva do ex-ministro Aldo Rebelo no âmbito do chamado “inquérito do golpe”. O termo foi usado pelo próprio procurador em um momento de descuido, quando admitiu ter cometido um erro com o microfone ainda ligado.
“Que cagada, Gonet! É bizarro como a democracia acabou no Brasil: até o chefe do Ministério Público Federal usa seu poder para perseguir um parlamentar que está buscando ajuda internacional”, disse Flávio Bolsonaro em suas redes sociais.
O senador ainda afirmou que a atitude de Paulo Gonet pode colocá-lo na mira de possíveis sanções internacionais, assim como o ministro Alexandre de Moraes, também do Supremo Tribunal Federal.
“Com a iniciativa mesquinha de instaurar um inquérito fake contra Eduardo Bolsonaro, Gonet faz mais uma ‘cagada’ e ratifica às autoridades americanas o estado de exceção vigente no Brasil. Inscreveu-se com força no rol de possíveis sancionados junto com Moraes”, escreveu Flávio.
Que cagada, Gonet!
É bizarro como a democracia acabou no Brasil: até o chefe do Ministério Público Federal usa seu poder para perseguir um parlamentar que está buscando ajuda internacional, exatamente porque no Brasil não há a quem recorrer das atrocidades cometidas por… pic.twitter.com/opOxOdGLVq
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) May 26, 2025
A polêmica envolvendo Paulo Gonet ganhou força após a sessão do dia 23 de maio, quando o procurador-geral, durante uma pergunta a Aldo Rebelo, sugeriu a possibilidade de a Marinha romper com a ordem institucional sem o apoio do Exército.
“Sem o Exército, a Marinha poderia romper com a normalidade institucional, já que mencionou que a Marinha não tem a mesma capilaridade do Exército?”, perguntou Gonet.
A pergunta foi interrompida pelo advogado do almirante Almir Garnier, Demóstenes Torres, que pediu a intervenção do ministro Alexandre de Moraes. O magistrado então solicitou que Gonet reformulasse o questionamento.
Foi nesse momento que o chefe da PGR, aparentemente sem perceber que o áudio estava aberto, murmurou: “Fiz uma cagada agora” — trecho que rapidamente se espalhou nas redes sociais e repercutiu negativamente.