
O senador Flávio Bolsonaro (PL) retornou ao Brasil na última quarta-feira (23), após uma mudança repentina em seus planos de viagem. O motivo da mudança de planos ficou mais claro quando, no dia de seu retorno, Flávio protocolou um novo pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha passagem marcada para deixar Lisboa apenas no dia 1º de agosto, mas decidiu antecipar seu retorno para hoje. De acordo com apuração do jornalista Leo Dias, a alteração de última hora fez com que ele tivesse que correr para conseguir um novo voo.
Sem assento disponível na classe executiva, o senador embarcou em um voo comercial na classe econômica, algo considerado incomum para um parlamentar, que normalmente tem acesso a categorias superiores de viagem.
Durante o embarque, Flávio foi fotografado no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, com um semblante abatido. Imagens mostram o senador sozinho e em silêncio no saguão, antes de seguir para o portão de embarque.

Flávio tem enfrentado uma série de críticas tanto de seus apoiadores quanto de aliados políticos de seu pai. Sua viagem a Lisboa, durante o recesso parlamentar, foi particularmente criticada por ocorrer na véspera de uma operação da Polícia Federal (PF) que envolvia diretamente seu pai.
A viagem do senador também foi alvo de críticas em relação às dificuldades políticas enfrentadas por seu pai. Durante esse período, Jair Bolsonaro foi submetido a medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e restrições de contato.
Além da viagem e das críticas por sua ausência, Flávio foi criticado por um tweet que publicou e depois apagou, no qual criticava o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. A atitude foi vista como um erro estratégico.