Flávio Dino cai na boca do povo, diz colunista do Estadão

Atualizado em 12 de janeiro de 2020 às 21:47
Flávio Dino. Foto: Divulgação

Do BR Político. 

O governador Flávio Dino (PCdoB) vive um momento nacional. Reportagem do Estadão resgata repercussões no campo da esquerda com a possibilidade de o chefe do Executivo estadual do Maranhão ser vice de um eventual presidenciável Luciano Huck em 2022. Enquanto Lula o considera um dos únicos líderes da esquerda que consegue falar para “fora da bolha”, um dos vice-presidentes do PT, o deputado Paulo Teixeira (SP), tratou logo de usar as redes sociais para dizer que, “com Lula ou Haddad, Dino estará na nossa chapa presidencial”, numa clara demonstração de marcação de terreno.

Desde que tomou posse, em 2015, o governador mantém uma coligação de 16 partidos que vai do PCdoB ao DEM, incluiu líderes evangélicos no governo e construiu boas relações com setores distintos, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a Federação das Indústrias do Maranhão, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidenciável do PSOL em 2018, Guilherme Boulos, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Tanta movimentação “fora da bolha” da esquerda o colocou na mira de opositores da ala progressista, especialmente pelo fato de ter aprovado uma reforma previdenciária de forma relâmpago, por ter apoiado o acordo para entrega da base de Alcântara aos EUA firmado pelo governo federal e ter se aproximado de evangélicos desde a eleição de 2018, preterindo o PT em favor da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), ligada a igrejas.