Flordelis e Pastor Everaldo não são exceção, e sim regra entre os evangélicos que ascenderam com Bolsonaro

Atualizado em 29 de agosto de 2020 às 16:10
Pastor Anderson, assassinado, com Michelle Bolsonaro e Flordelis

Flordelis e Everaldo não são exceção, e sim regra entre os evangélicos.

Cidadãos de bem, moralistas, contra o “homossexualismo” (sic), o “abortismo” (sic), o comunismo, a corrupção, a favor da família, dos valores cristãos — e de Bolsonaro.

Essa turma ascendeu ao poder com o fascista Jair e gostou.

Sejamos justos: todos os governos, de Lula para cá, agasalharam lideranças como Edir Macedo e Silas Malafaia.

Agora, porém, eles ocupam o centro do poder com um presidente que frequenta cultos com a mulher, embora seja católico.

Um presidente que quer no STF, para a vaga de Celso de Mello, um ministro “terrivelmente evangélico”.

Flordelis e o pastor Everaldo eram só fachada e fancaria.

Acusada de tramar a morte do marido, ela fazia sexo com filhos e filhas adotivos e ia a clubes de swing.

Tudo isso enquanto dava cursos sobre como manter a chama do casamento acesa com Deus.

Ele, por sua vez, foi preso por suspeita de meter a mão em dinheiro público da Saúde do Rio de Janeiro.

Nos EUA, os santarrões estão metidos também em escândalos.

O presidente de uma das maiores universidades evangélicas do mundo, Jerry Falwell Jr., renunciou após revelações sobre sua vida conjugal e ser acusado de hipocrisia.

Jerry endossou a campanha de Trump em 2016 e permanece  fiel a ele.

Após uma foto de braguilha aberta no Instagram que gerou barulho, começou a surgir a verdade sobre sua vida dupla. 

Seu sócio, Giancarlo Granda, contou ter feito sexo com ele a mulher durante seis anos.

“Becki e eu desenvolvemos um relacionamento íntimo e Jerry gostava de assistir do canto da sala”, disse Granda numa entrevista.

É desse material que são feitos os homens e mulheres que barbarizam enquanto dão pulinhos e gritam “amém” junto a otários que os sustentam.