
A flotilha Global Sumud, que partiu de Barcelona neste domingo (31) em direção a Gaza, foi obrigada a retornar ao porto da cidade poucas horas após zarpar devido ao mau tempo no Mediterrâneo. Entre os participantes estão a ex-prefeita de Barcelona Ada Colau, a ativista ambiental Greta Thunberg, o brasileiro Thiago Ávila e a atriz Susan Sarandon.
As embarcações, cerca de vinte no total, deixaram a capital catalã por volta das quatro da tarde carregadas com toneladas de alimentos e medicamentos destinados à população palestina. No entanto, à noite, já enfrentando condições meteorológicas adversas, decidiram suspender temporariamente a missão.
A decisão foi tomada em uma reunião entre os capitães e integrantes da expedição, que consideraram insegura a continuidade da travessia naquele momento. As embarcações voltaram ao porto de Barcelona por volta das nove da noite.
A flotilha é a maior organizada neste ano como parte das tentativas de romper o bloqueio israelense imposto à Faixa de Gaza. Segundo os organizadores, trata-se de uma ação solidária que envolve entidades de 44 países. Esta já é a quarta iniciativa de 2025, após três tentativas frustradas.
Além da ajuda humanitária, o grupo afirma que a missão busca pressionar os governos europeus a adotar uma postura mais dura em relação a Israel. Os participantes argumentam que o bloqueio marítimo contribuiu para a morte de mais de 60 mil palestinos, incluindo centenas vítimas de fome nas últimas semanas.
Greta Thunberg, que também se uniu à missão, ressaltou a necessidade de mobilização internacional para garantir direitos básicos aos palestinos. A ativista sueca destacou que a expedição simboliza solidariedade global diante da crise humanitária em Gaza.
Apesar do contratempo climático, os organizadores afirmaram que não desistirão da viagem. Nesta segunda-feira (1º), às 10h da manhã, os capitães da flotilha se reuniram novamente para avaliar se as embarcações poderiam retomar o trajeto ainda na parte da tarde.
A flotilha recebeu o nome de Global Sumud, termo árabe que significa “resistência” ou “perseverança”. O grupo destaca que o envio de alimentos e remédios é apenas uma das dimensões da iniciativa, que pretende chamar a atenção internacional para o bloqueio marítimo israelense.
Com o atraso, ainda não há confirmação sobre quando será possível retomar a missão. Os organizadores, no entanto, garantem que a expedição seguirá adiante assim que houver condições seguras de navegação no Mediterrâneo.
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