Fluminense sofre em gramados sintéticos, tem 19% de aproveitamento e enfrenta críticas

Atualizado em 27 de maio de 2025 às 17:15

O Fluminense vive um drama: jogar em gramados sintéticos. O clube apresenta resultados ruins quando enfrenta equipes que atuam em estádios sem grama natural.

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Com base nos jogos do Fluminense no Nilton Santos, Ligga Arena e Allianz Parque, principais estádios brasileiros com gramados sintéticos, o aproveitamento do time carioca é de apenas 19%.

No Nilton Santos, casa do Botafogo, um de seus rivais, foram seis jogos disputados, com quatro derrotas para o Fogão e duas para o Vasco. Na Ligga Arena, casa do Athletico Paranaense, foram duas vitórias, dois empates e seis derrotas. Já no Allianz Parque, onde o Palmeiras manda seus jogos, foram três derrotas, um empate e uma vitória.

Ao todo, o Tricolor das Laranjeiras soma três vitórias, três empates e 15 derrotas nos três estádios com gramados sintéticos.

Jogadores fizeram movimento contra sintético

Diversos jogadores do futebol brasileiro aderiram a um movimento contra os gramados sintéticos no país. Nomes como Neymar, Thiago Silva, Bruno Henrique, Philippe Coutinho, Lucas, Alan Patrick, Gabigol, entre outros, publicaram o mesmo texto nas redes sociais.

“Se o Brasil deseja definitivamente estar inserido como protagonista no mercado do futebol mundial, a primeira medida deveria ser exigir qualidade do piso que os atletas jogam e treinam. FUTEBOL PROFISSIONAL NÃO SE JOGA EM GRAMADO SINTÉTICO!”, destacou parte do comunicado.

Vale lembrar que os gramados sintéticos são permitidos no Brasil. Desde 2024, uma regra da CBF para as equipes que contam com esse tipo de piso obriga a liberação de acesso ao time visitante para um treinamento antes da partida.
Contudo, essa regra só vale para o Campeonato Brasileiro, ficando de fora de outras competições da CBF.

Renato Gaúcho reclamou de gramado sintético

O Fluminense foi derrotado no clássico diante do Botafogo por 2 a 0, em duelo disputado no Estádio Nilton Santos. Após o confronto, Renato Gaúcho, treinador do Tricolor, falou sobre a grama sintética.

“A grama sintética é ruim para todo mundo. Mesmo para um time que joga nela e está acostumado, ela é ruim. O jogador não quer jogar, ele não consegue desenvolver o futebol normalmente numa grama sintética. Eu acho que cada presidente de cada clube tem direito de fazer o que bem entender. Na minha opinião, que joguei durante 20 anos e estou há 40 anos no futebol, é simplesmente para o clube ganhar dinheiro”, disse o treinador.

Renato Gaúcho ainda destacou que os clubes que optam por esse gramado não pensam nos jogadores, mas sim na manutenção do campo visando à realização de shows e faturamento.

“Para poupar dinheiro na manutenção do campo de grama e para fazer show. Não desgasta o campo e entra dinheiro nos cofres. Dane-se o jogador. Essa que é a realidade. Então, como eu não sou presidente dos clubes, cada clube faz o que quiser. O presidente é quem manda. Eu, como ex-jogador, sou totalmente contra a grama sintética, em todos os sentidos”, finalizou.