O irmão de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT que foi assassinado em Foz do Iguaçu no último fim de semana, Luiz Donizete Arruda, disse em entrevista à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, que discorda da conclusão do inquérito da Polícia Civil do Paraná (PC-PR).
Foi descartada a hipótese de crime político e o autor dos disparos, Jorge Guaranho, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado. “Foi um crime politico porque ele [Jorge Guaranho] viu uma decoração que era de esquerda, que tinha a imagem do ex-presidente [Lula], e que caracterizava uma simpatia do PT do meu irmão, e que era um adversário, enquanto eram pessoas de bem”, declarou Luiz Donizete, que falou com o presidente Jair Bolsonaro (PL) por chamada de vídeo na última terça-feira (12).
Na mesma entrevista, o irmão de Marcelo Arruda comentou a versão apresentada pela defesa de Guaranho, ainda internado e sem previsão de alta, que disse que o policial estava fazendo uma ronda no clube onde a festa de aniversário acontecia, quando a confusão teve início.
“E outra coisa: situação de uma ronda. Se o cara vai fazer uma ronda no local, chega lá e está tudo tranquilo, são pessoas de bem, as pessoas não estão vandalizando, não tem briga, não tem discussão, o que um cidadão normal faz? Manobra seu veículo e vai pra casa […] Mas como era uma decoração adversa ao viés politico dele, ele resolveu tirar satisfação com os convidados, inclusive com meu irmão”.
Luiz Donizete também afirmou que espera um “aceno de paz” de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Bolsonaro, além de avisar que só iria para Brasília a pedido do atual chefe de governo se ele fizesse um manifesto condenando a atitude de Jorge Guaranho, exaltando que Marcelo Arruda foi vítima.
“Eu espero dos dois lideres neste momento, tanto do presidente Bolsonaro quanto do ex-presidente lula, um aceno de paz pra nós […] Eu gostaria que os dois principais lideres hoje do nosso momento eleitoral fizessem um aceno de paz e mandassem uma mensagem para todos os correligionários deles, e a partir do momento que alguém de qualquer lado, cometer um ato, primeiramente condenar esse ato, porque a partir do momento que um dos dois não se manifestam pedindo pra parar isso aí, acredito que a escalada pode ser catastrófica pra gente”, pontuou o irmão de Marcelo Arruda.
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