
Manchete da Folha, em tom de deboche, sobre a alta competitividade das montadoras chinesas que estão aumentando presença no Brasil:
“Brasil importa ‘capitalismo chinês’, com concorrência agressiva em carros, tecnologia e serviços”
O ‘capitalismo chinês’ está assim mesmo, entre aspas, não como tentativa de definição, mas como ironia rasa. Como quem diz: quem são eles para desafiar com preços e qualidade o verdadeiro capitalismo?
É uma manchete calhorda, num momento em que a China, dentro do Brics, defende o livre comércio, e o neonazista Donald Trump tenta impor barreiras tarifárias para fingir que protege a economia americana.
Essa manchete é dessa terça-feira. No domingo, o jornal publicou essa chamada de capa, que logo foi tirada dali, talvez pelo constrangimento provocado:
“Brics no Brasil reafirma balela que chamam de Sul Global”

O autor do deboche, Igor Gielow, escreveu: “Em comum a tal designações, além da conveniência de sua artificialidade a seu tempo, está a imprecisão a serviço de uma visão dita ‘decolonial’, aspas obrigatórias ante tal neologismo afeito ao identitarismo ideológico que grassa por essas plagas”.
No dia seguinte, para desmentir a tese da irrelevância do Brics, Trump ameaçou: quem se aliar ao bloco, terá tarifa adicional de 10% para produtos que entrarem nos Estados Unidos.
O vira-latismo do jornalismo da Folha foi derrubado pelo líder do país que eles sempre exaltaram como exemplo de liberdade.
A balela de que fala o jornalista é vista como uma ameaça real por Trump, que avisou: pagarão caro os que tentarem destruir o dólar.
A Folha de Igor Gielow só não abana o rabo para o fascismo de Trump porque o perdeu quando apoiou a ditadura instalada em 64.