
A Folha de S.Paulo segue em sua campanha golpista, tendo Alexandre de Moraes como alvo principal.
Editorial pedestre e cafajeste desta quarta, 20, diz que “suspeitas graves exigem tanto rigor como equilíbrio”. “Para que apurações cheguem a bom termo em suposto plano de matar Lula, Alckmin e Moraes, é preciso restabelecer normalidade do trâmite judicial”, diz o texto.
O jornal lembra que houve “uma operação da Polícia Federal que investiga nada menos que um plano ruminado entre militares, no final de 2022, para assassinar o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal e, na época, chefe da Justiça Eleitoral”.
“Para que as apurações cheguem a bom termo, é preciso que polícia e, principalmente, Justiça se comportem de modo mais técnico e menos político. O Supremo não pode desperdiçar mais uma oportunidade de caminhar na direção desejável. Parece precipitada a decisão do presidente do tribunal, ministro Luís Roberto Barroso, de distribuir também a Moraes a relatoria do inquérito sobre o atentado da semana passada, por entender que há conexão com as ações do 8/1. O mais correto teria sido seguir os trâmites ordinários até uma conclusão mais sólida. É urgente voltar a caminhos mais ortodoxos”.
Esse apelo à razão contrasta com a maneira sórdida como a Folha noticiou a fake news do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas de que Guilherme Boulos era o candidato do PCC. Isso no dia do 2º turno da eleição para prefeito de São Paulo.
Não houve nenhum “trâmite ordinário” para publicar uma mentira evidente. Como veio, foi. Era contra Boulos, portanto às favas os escrúpulos.
Contrasta também com a enquete absurda, para usar um eufemismo, que o jornal pôs no ar perguntando aos leitores se os golpistas do 8 de janeiro deveriam ser anistiados. É a relativização do crime. Que tal uma enquete perguntando se estupradores deveriam se conter ou não diante da mulher do dono do jornal vestindo minissaia?
Se Alexandre de Moraes tivesse sido assassinado por aquele bando de militares débeis mentais, a empresa dos Frias provavelmente apontaria que ele fez por merecer ao acumular “muito poder” por ser “heterodoxo” — ou, na inovação picareta de Glenn Greenwald, agir “fora do rito”.
Não basta um artigo do delinquente Bolsonaro ordenando que “aceitem a democracia”. A Folha de S.Paulo segue se afundando no fascismo de mercado, no homicídio cheiroso da Faria Lima. Um jornal a serviço do crime organizado, bancado pelos mesmos meliantes que atentam contra a democracia que a Folha simula defender.