Folha pede socorro a Fernando Henrique. Por Moisés Mendes

Atualizado em 20 de fevereiro de 2020 às 8:00
Fernando Henrique Cardoso e a Folha de S.Paulo. Foto: Wikimedia Commons/AFP

Publicado originalmente no blog do autor

O que a Folha faz a cada solavanco mais forte? Entrevista Fernando Henrique. Não só entrevista como publica a entrevista, mesmo que a fala do tucano seja cada vez mais precária.

A única novidade é que o sinhozinho já abandonou Luciano Huck e se apaixonou pelo gestor gaúcho. Porque vem fazendo um grande governo e encantando o Rio Grande do Sul.

Seu preferido é um dos governadores mais mal avaliados, com rejeição maior até do que a de Bolsonaro. É o seu novo candidato para 2022.

Huck perdeu a preferência. Por enquanto, o apresentador só entende mesmo de caldeirão (não é brincadeira, é o que FH diz na entrevista).

Claro que a Folha foi ouvir Fernando Henrique para tentar reforçar a artilharia contra Bolsonaro. Mas o líder dos tucanos não vai além das obviedades, só fala mal do PT, enrola e não diz coisa com coisa.

FH é cada vez mais um tiozinho numa poltrona e menos um sinhozinho num trono. Ele mesmo diz à Folha que está perto dos 90 anos e que é preciso tentar descobrir novas lideranças, como se fizesse um apelo para que parem de entrevistá-lo.

A conversa com FH não ajudou muito o jornal na guerra contra Bolsonaro. Pobre Folha. Se tivesse ao menos uma retroescavadeira.