Folha tenta juntar fascistas e democratas para falar de agressões e ódio. Por Moisés Mendes

Atualizado em 5 de dezembro de 2022 às 6:27
Redação da Folha. Imagem: Reprodução via LinkedIn do jornal.

Por Moisés Mendes

A Folha vem de novo com as falsas equivalências sobre os ataques violentos do fascismo a celebridades e autoridades e as vaias de gente de esquerda a bolsonaristas.

A equivalência não existe, e a própria Folha prova que erra ao citar, no início do texto, esses exemplos:

“Uma lista concisa de insultados só nos últimos dois meses inclui o cantor Gilberto Gil em um estádio no Qatar; Ciro Gomes (PDT) em um aeroporto nos EUA; Rodrigo Maia (PSDB) em um resort na Bahia; ministros do STF em Nova York; Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Lindbergh Farias (PT-RJ) em um restaurante em Brasília; a atriz Regina Duarte em um teatro em São Paulo, entre outros”.

A lista tem agredidos pela extrema direita, e Regina Duarte é a exceção. Mas Regina foi vaiada num teatro. Não foi perseguida e ameaçada.

A Folha compara a resistência ao discurso de ódio e às tentativas de golpe às agressões dos golpistas. Compara crimes com a crítica a figuras públicas assumidamente alinhadas com falas e ações extremistas de racistas, negacionistas, homófobos e xenófobos.

É o jornalismo que tenta fazer média com a direita, e não só com a extrema direita.

É como se a Folha comparasse indígenas a grileiros, garimpeiros e contrabandistas da Amazônia. Ou vítimas de racismo a racistas, ou mulheres agredidas a homens violentos.

A Folha acaba por equiparar jornalistas (da própria Folha) perseguidos por fascistas aos seus agressores.

Originalmente publicado em BLOG DO MOISÉS MENDES

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