Fome e desidratação já matam recém-nascidos em Gaza

Atualizado em 8 de março de 2024 às 19:29
Recém-nascido é alimentado com tâmaras no lugar de leite por escassez de alimentos na Faixa de Gaza. Foto: Doaa Ruqqa/Reuters

Ao menos 18 crianças ou recém-nascidos morreram por desnutrição e desidratação em Gaza desde a semana passada. Do total de vítimas, 15 estavam no hospital Kamal Adwan, na cidade de Beit Lahia, que enfrenta superlotação.

Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), uma em cada seis crianças com menos de dois anos sofrem de desnutrição grave em Gaza. Desse total, quase 3% apresentam perda de peso grave e necessitam de tratamento urgente.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirmou que o números de crianças desnutridas e mortes por falta de alimentos devem aumentar enquanto os ataques de Israel não acabarem, já que há obstáculos para entrega de ajuda humanitária e o envio de recursos tem sido insuficiente.

Hospital Kamal Adwan, em Gaza. Foto: Reprodução

Médicos e pais da região têm relatado que as crianças estão sofrendo com insuficiência e outros problemas renalis por desnutrição. A médica Samia Abdel Jalil, que trabalha na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Kamal Adwan, afirmou que duas crianças irmãos morrerem por falta de comida em um intervalo de poucos dias na instituição.

O Programa Mundial de Alimentos (PMA) afirma que a fome atingiu níveis catastróficos no norte de Gaza por conta da dificuldade de envio de ajuda humanitária à região. A agência humanitária também relata que militares israelenses têm impedido o envio de recursos ao local.

Além dos óbitos por desnutrição, crianças também representam, junto de mulheres, 70% dos mais de 30 mil mortos e dos 72 mil feridos no território desde o início da guerra.

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