Fora da casinha, Ciro diz que “já seria presidente” se quisesse “vender a alma pro sistema”

Atualizado em 30 de julho de 2022 às 14:18
Ciro Gomes
Ciro Gomes: gênio incompreendido

Já faz algum tempo que Ciro Gomes deixou de ser um caso político para virar um caso psiquiátrico. Patinando nas pesquisas, ele insiste numa candidatura morta e numa campanha constrangedora.

Neste sábado, ele deu uma nova explicação para seu fracasso e nova demonstração de estar fora da casinha.

“Me perguntam porque as pesquisas são tão hostis e porque eu tenho dificuldade de firmar alianças. Gente boa, se eu quisesse vender o Brasil e vender minha palavra, acreditem: eu já teria sido presidente há uns 8, 12 anos atrás” (sic), escreveu no Twitter. 

“O problema é que eu não quero só ser presidente do Brasil, eu quero MUDAR a história brasileira. E pra isso, eu não posso e não não vou vender minha alma pro sistema.”

O papo furado contra o sistema é um clássico da extrema-direita. Bolsonaro se elegeu presidente com isso. Trump também. 

Ciro foi deputado estadual no Ceará, prefeito de Fortaleza, governador do estado, ministro da Fazenda de Itamar Franco, ministro da Integração Nacional sob Lula e deputado federal entre 2007 e 2011.

Tão “fora do sistema” quanto um porco não vive num chiqueiro. 

Todo narcisista tem esse traço de comportamento. Ele é rejeitado, mas por ser maravilhoso. Ciro é bom demais para as pessoas comuns. A culpa é do povo brasileiro, que não o compreende.

Pena que Ciro já avisou que desistirá da política depois dessa derrota. O Brasil perde um pouco da graça sem um palhaço desses. 

Kiko Nogueira
Diretor do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.