Foragida do 8/1 deportada por Trump é presa na chegada ao Brasil

Atualizado em 28 de agosto de 2025 às 10:12
Rosana Maciel, bolsonarista condenada por participação no 8 de Janeiro – Foto: Reprodução

A Polícia Federal prendeu no aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, Rosana Maciel Gomes, de 52 anos, condenada pelo STF a 14 anos de prisão pelos crimes de golpe de Estado, associação criminosa, dano ao patrimônio público, dano a patrimônio tombado e abolição violenta do Estado democrático de Direito.

Rosana era considerada foragida desde os atos de 8 de janeiro e foi deportada dos Estados Unidos na quarta-feira (27) após ser detida como imigrante ilegal.

Segundo as investigações, Rosana fugiu do Brasil em janeiro de 2024 e entrou nos EUA em janeiro de 2025, no dia seguinte à posse de Donald Trump. Ela foi presa ao tentar cruzar a fronteira pelo Texas, após percorrer mais de 10 mil quilômetros por países da América Latina, incluindo Uruguai, Argentina, Colômbia e México. Em entrevistas, chegou a negar participação nos ataques, alegando que entrou em choque ao ver a destruição no Palácio do Planalto.

Rosana passou meses detida pela Polícia de Imigração e Alfândega (ICE) nos EUA e relatou más condições de encarceramento. “Fiquei três dias passando mal com problema de pulmão. Quase morri. Eles não me deram socorro”, disse em abril deste ano. Apesar de recursos e pedidos de asilo, sua deportação foi confirmada e incluída na difusão vermelha da Interpol desde 2024, a pedido do STF.

Ela desembarcou no Brasil em um voo que trouxe outros imigrantes deportados e foi imediatamente presa.

Já são três os foragidos dos atos de 8 de janeiro que retornaram ao Brasil após deportações ordenadas pelo governo Trump. Todos alegaram perseguição política, mas foram rejeitados pelas autoridades norte-americanas.

Atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 – Foto: Reprodução

Outros envolvidos nos atos golpistas também buscaram refúgio em países da América do Sul. Mais de 180 brasileiros pediram asilo na Argentina, mas após prisões no país vizinho, muitos tentaram escapar para o Chile e para nações da América Central.