França anuncia que doadores prometeram mais de € 250 milhões para ajudar o Líbano

Atualizado em 9 de agosto de 2020 às 15:32
Emmanuel Macron

Publicado originalmente no site da RFI

Um grupo de doadores internacionais, entre eles a França e os Estados Unidos, participou neste domingo (9) de uma videoconferência de apoio ao Líbano, que tenta se reconstruir após as explosões no porto de Beirute na terça-feira (4). Eles prometeram ajudar o país com mais de € 250 milhões, mas pedem reformas políticas e querem que as doações enviadas sejam entregues diretamente à população. O encontro aconteceu no momento em que novos protestos violentos tomavam as ruas da capital libanesa.

“Os participantes decidiram que a ajuda deve ser coordenada pelas Nações Unidas e fornecida diretamente à população libanesa, com o máximo de eficácia e transparência”, declararam os representantes de cerca de 30 países. Os doadores se comprometeram em reunir “importantes recursos” para responder às necessidades imediatas de Beirute, segundo uma declaração conjunta divulgada após a reunião.

Segundo a presidência francesa, mais de 250 milhões foram prometidos durante o encontro. A Comissão Europeia confirmou uma ajuda de € 30 milhões, que será somada aos € 33 milhões anunciados na quinta-feira (6). Bruxelas avisou que o uso do dinheiro será submetido a um “controle restrito”.

A Grã-Bretanha doará £ 20 milhões, além dos £ 5 milhões que já haviam sido oferecidos. A Alemanha disponibilizou € 10 milhões, além dos € 1,5 milhão anunciados. A Suíça se comprometeu em doar 4 milhões de francos suíços em ajudas diretas, almé de 500 mil francos para a Cruz Vermelha libanesa. Já a Espanha vai enviar dez toneladas de trigo, além de medicamentos, equipamentos hospitalares e abrigos temporários.

Além dos europeus, neste domingo o presidente brasileiro Jair Bolsonaro prometeu o envio de medicamentos por via aérea, além de 4 mil toneladas de arroz. À frente da missão estará o ex-presidente, Michel Temer, filho de libaneses.

A ONU estimou o custo das necessidades de saúde no Líbano em US$ 85 milhões.