Fraude da vacina: Bolsonaro diz à PF que não deve comparecer ao depoimento

Atualizado em 3 de maio de 2023 às 12:35
O ex-presidente Jair Bolsonaro após prestar depoimento à Polícia Federal (PF) sobre os ataques do dia 8 de janeiro em Brasília – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou a Polícia Federal (PF) que ele não deve comparecer para prestar depoimento sobre a Operação Venire, que investiga suspeitas de fraude em dados do Ministério da Saúde em relação a vacinação contra a Covid-19.

O ex-capitão foi intimado durante a busca e apreensão cumprida em sua residência em Brasília. A PF também prendeu na ação os seus ex-assessores Mauro Cid e Max Guilherme. Outro alvo de mandado de prisão é Sergio Cordeiro, que atuava na equipe de segurança de Bolsonaro.

De acordo com o UOL, uma reunião de emergência está sendo conduzida entre Bolsonaro, seus advogados, assessores e aliados próximos na sede do PL durante esta manhã. O encontro tem o objetivo de discutir os próximos passos da defesa.

Hoje, mais cedo, o ex-mandatário afirmou, na porta de sua residência, em Brasília, que “não existe adulteração” no seu cartão de vacinação. “Não existe adulteração. Eu não tomei a vacina e ponto final. Nunca neguei isso”, disse.

A operação foi deflagrada pela PF nesta quarta-feira (3). A investigação faz parte da operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, dentro do inquérito das “milícias digitais” que já tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). 

Laura e Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

De acordo com a PF, os dados do cartão de vacinação do ex-mandatário e de sua filha de 12 anos, Laura Bolsonaro, foram forjados. Além disso, também foram alterados os dados do tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, sua esposa e filha.

Os crimes teriam sido cometidos entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 e, segundo a PF, “tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários”.

Os agentes da PF cumpriram 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro.

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