Fraude da vacina: Bolsonaro pode responder por corrupção de menores, diz PF

Atualizado em 3 de maio de 2023 às 10:07
Bolsonaro ao lado da filha Laura, do lado de fora do Planalto, em maio de 2020 – Foto: Evaristo Sa

De acordo com a Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser investigado por corrupção de menores, infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa e inserção de dados falsos em sistemas de informação.

A Operação Venire foi deflagrada pela PF nesta quarta-feira (3). A investigação faz parte da operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, dentro do inquérito das “milícias digitais” que já tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). 

De acordo com a PF, os dados do cartão de vacinação do ex-mandatário e de sua filha de 12 anos, Laura Bolsonaro, foram forjados. Além disso, também foram alterados os dados do tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, sua esposa e filha.

Michelle, Jair e Laura Bolsonaro – Foto: Reprodução

As investigações da PF apontaram que a falsificação teria o objetivo de facilitar a entrada do ex-chefe do Executivo, familiares e auxiliares próximos nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória. A situação da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também é investigada pela PF.

A ideia era emitir certificados falsos de vacinação para pessoas que não tinham sido imunizadas e, dessa maneira, permitir acesso a locais onde a imunização é obrigatória.

Os crimes teriam sido cometidos entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 e, segundo a PF, “tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários”.

A corporação ainda afirmou que o objetivo do grupo seria “manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas” e “sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”.

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